Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida. João 5:24


quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Lições em Atos dos Apóstolos - Parte 6

Os eventos pentecostais do capítulo 2 de Atos

Estando o Cristo já à destra do Pai e a vacância de Judas devidamente preenchida por Matias, só faltava mesmo o Senhor Jesus efundir o Espírito Santo sobre os apóstolos e os discípulos, para que a Igreja fosse inaugurada como a agência por excelência do Reino de Deus. O fato está registrado em Atos capítulo dois. Vejamos alguns eventos que marcaram aquele tão inefável Dia de Pentecostes.

1. A efusão do Espírito Santo. Estando os discípulos reunidos num só lugar, eis que o Senhor Jesus infunde-lhes de seu Espírito. Já batizados no e com o Espírito Santo, começaram eles a falar noutras línguas, enaltecendo a Deus (At 2.4, 11). Cumpria-se ali a profecia de Joel (2.28-31). Assim, era inaugurada a Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo. A Igreja nasceu pentecostal e pentecostal continua, pois a efusão do Espírito Santo não é apenas um evento eclesiológico, mas principalmente escatológico.

2. O primeiro sermão da Igreja. Inquirido por uma pergunta pentecostal: “Que quer isto dizer” (At 2.12). Levanta-se, então, Pedro e põe-se a pregar. O seu sermão não é apenas teológico; é também apologético. Em sua irresistível teologia e em sua apologia irretocável, o apóstolo enuncia uma mensagem soteriológica que frutifica aproximadamente três mil almas (At 2.41). A verdadeira mensagem evangélica, por conseguinte, há de ser teológica sim, mas haverá também de ser apologética. Somente assim gerará resultados soteriológicos.

3. A singularidade da comunhão cristã. O derramamento do Espírito Santo gera, naquelas quase três mil almas convertidas, uma comunhão desconhecida até mesmo por uma sociedade solidária e irmã como a judaica. Constrangidos pela Lei de Moisés, eram os judeus obrigados a manterem-se como irmãos. Mas nem sempre logravam esse ideal. Haja vista a constância com que os profetas denunciavam a injustiça social em Israel.

A Igreja de Cristo, porém, vai além da solidariedade. Rapidamente consolida-se como uma comunidade de comunhão plena tanto com Deus quanto com os seus próprios membros. Nem mesmo Platão, em sua república, fora capaz de gizar uma sociedade como a da Igreja Primitiva. Eis como Lucas descreve o viver de nossos primeiros irmãos: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos. Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade. Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos” (At 2.42-47).

O que os comunistas e outros utópicos apenas conseguem imaginar no sonho, os cristãos primitivos lograram conseguir num único dia. Somente o Espírito Santo pode operar dessa maneira na vida dos filhos de Adão.

| Autor: Pastor Claudionor de Andra

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